sábado, 17 de janeiro de 2009




Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...

Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...

Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...

Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...

Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...

Alberto Caeiro

3 comentários:

  1. Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes, e então saberás que eu me feri e também me curei.
    (Tagore)

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  2. Palavras bonitas de Pessoa sob o heterónimo de Alberto Caeiro mas palavras que não são verdadeiras para nós, mulheres. Fazer a diferença e deixar marca daqui a longos anos é a missão, agora só tens que ser feliz e estou certa que daqui a uns anos, esta será só uma mísera história para contar aos netos e que será ofuscada por imensas alegrias que terás para relatar.

    Beijinhos Maguie****************

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  3. Flor,

    Bonitas as palavras de Alberto Caeiro, o guardador de rebanhos. Mas que não fazem sentido aqui, nem para ti nem para ninguém.

    TU ÉS FORTE, vamos VENCER.

    beijinhos, fica bem.

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Sempre que possível, seja clara (o). Mas que sua clareza não seja o motivo para ferir o outros.
Obrigado pelo comentario